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Mostrando postagens de dezembro, 2008

PARA OUVIR O ANO NOVO

... e continuar fazendo barulho http://www.arrigobarnabe.com.br/site.html

AS CARTAS E OUTROS QUASE MONÓLOGOS

Esse título provisório de um provável livro a ser publicado num futuro longínquo expressa minha fixação por cartas. E isso em tempos de quase totalidade de comunicação virtual pode ser visto como um anacronismo. Abre o provável livro um poema intitulado “Para não escrever uma carta de amor”, seguido de uma pequena peça com dois personagens incomunicáveis denominada “As cartas” e vários outros escritos insubordinados a gênero. Escolhi para publicar hoje uma prosa poética (?!) cujo título é RESPOSTA ALGUMA À CARTA NÃO RECEBIDA. Trata-se de um texto escrito num só fôlego que obriga o leitor a fazer o mesmo pois não conta com pontuação, sequer uma vírgula para alívio do olhar e do pensamento. sei que agora enquanto você faz não-sei-o-quê eu atravesso este monótono canavial devorando palavras com olhos de dentes maduros e não importa com que esquecimento você se lembra de mim como já não têm importância os caminhões cheios de corpos de homens e de mulheres moldados a movimentos compulsór

rOSES

rOSES hoje não abri a pasta rosa, hoje não tem cartas, não tem poemas apenas a poesia rude da crueldade, do estranhamento a poesia espinhenta e voraz das diferenças não tenho tatuagens a marcar o corpo mas cicatrizes riscos e rugas encontre uma poesia de rua e leia ao som de dEUS

revirando a pasta rosa

Janelas do Subúrbio. Foto: Bartira Sena reabro a pasta rosa e saco, não aleatoriamente, mas de forma deliberada um dos seus escritos: poderia ser a carta-cobra (uma tripa de papel com vários metros de comprimento com texto escrito em duas linhas) ou uma em papel de jornal (entenda-se que não se trata exatamente de papel-jornal mas aquelas folhas nas quais os jornalistas escreviam suas matérias/entrevistas) marcada com uma boca vermelha, ou ainda um poema-cartão com ilustração de Nelson Magalhães Filho. escolhi o poema-cartão de Cyro Mascarenhas Rodrigues e ilustração Héber Mendes. Outro dia publico um poema de Cyro. no verso, um manuscrito sem data: "Releio uma carta na falta de novas. Acho que de fins de julho pois fala das realizações galeneanas e das imorredouras saudades cruzalmenses. Ouvia Vila-Lobos e você não imagina que atmosfera +* circulava na sala. No Salão Nobre, M e M dão posse ao passos. Aqui sigo os teus e me transport

lápis, papel e outras coisas

em tempos de virtualidade comunicacional, o espaço dos lápis, canetas, papel abdicada de texturas, dos cheiros, numa plácida rendição resgatar a pasta rosa de elásticos rotos e recheio denso, pleno de cartas bilhetes escritos tantos múltiplos em cores em formas caligrafias e emoções díspares ao acaso sacar da pasta um dos papéis amarelados aquele dobrado em oito “Cruz. 05 de novembro (...) Manhã de Sol. Lá em Salvador tá acontecendo PASOLINI EM CIRCUITO CULTURAL. Não posso ir. Eu reli “Os bons cães”. Acho interessante. Lembrei-me de Percula. Não é que eu esteja “desanimado e desesperançado” com a cultura cruzalmense. (...) Uma “cigana” leu a minha mão. (...) Quanto ao Baudelaire você pode ir elaborando o texto. Tentarei escrever alguma coisa. As H.Q. Bem, se não for muito caro, pode mandar os Moebius. (...) Também acho que as minorias podem transformar o mundo. (...) Já li Borges. Demais. Você recebeu o livro O BANHEIRO? Por incrível que pareça ainda falta terminar os seus: Zona Erógen