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Mostrando postagens de janeiro, 2009

I was dreaming in my dreaming

restos... pandarecos... cacos... pedaços... vampirização de textos sem a audácia do mestre da biutice+, ora vampirizado semvergonhamente espalhando pitadas, atirando cascas de laranja na chuva das urânias “uma voz que atravessava séculos, tão pesada que quebrava o que tocava, tão funda que suspeitei que soasse em mim com ressonância eterna; uma voz enferrujada com o som de pragas e dos gritos ásperos que brotam do delta do último paroxismo do orgasmo.” * assoviando tulipas roxas na cara patética do número um risco de asco arremesso medos num jogo de opostos, o avesso, o inverso da razão o pedaço cuspido da maçã que alguém mordeu o lado escuro do espelho hoje não fitei teus olhos vesgos SERÁ QUE ALGUÉM SABE QUEM EU SOU? Nem o mundo, nem mesmo o sol podem mostrar simultaneamente ambas as faces. EU SOU A TUA OUTRA FACE Com teus olhos de pedra meio da madrugada o perigo: buraco negro das palavras corria o risco de fazer poesia visitam-me as criaturas da noite e nenhum gole de vinho para

Acho que vou fazer um filme

[para ouvir ao som de Múm] Escrevo sob o signo da melancolia, uma saudade inexplicável de não sei o quê (desculpem o acento, força do hábito), uma sensação estranha de vazio, de... que foi que eu fiz? O que fazer? Cadê tudo? Chega! Esta será uma postagem longa, apenas os pacientes e os que amam verdadeiramente a poesia lerão até o fim e, possivelmente, comentarão. Abri a pasta rosa, peguei um dos seus escritos e li. Era uma carta falando do meu texto intitulado As Cartas. Já postei um fragmento aqui. Essa carta recupera pedaços da peça que escrevi, a qual trata do encontro de duas mulheres quase estranhas e muito diferentes. Já tentamos montar essa peça várias vezes mas nunca deu certo. Acho que vou fazer um filme. “... li a peça e várias vezes reli. A solidão de Zoé não seria a profunda consciência da solidão de nós mesmas, que escrevemos e que tornamos a poesia nossa amante, pois sentimos sem compreender a efemeridade de tudo o que nos cerca?” (...) “Conheço-a através dos seus escrit

A verdadeira rainha mórbida

Diamanda Galás, filha de pais gregos ortodoxos, criada em San Diego, Califórnia onde, ainda criança estudou jazz e música clássica. Artista performática e controversa esteve no Brasil em 1998. Ativista de grupos de combate à Aids, tatuou na mão esquerda os dizeres "We Are All HIV+" (Somos Todos HIV+) desde que seu irmão morreu, vítima da doença, em 1986. Durante uma manifestação do ACT UP (grupo gay de militância) na St. Patrick's Cathedral, em Nova York, em 1989, Galás foi presa por "distúrbio da ordem pública" e em 1990, após uma apresentação no "Festival delle Colline", na Toscana, o governo italiano a denunciou por "blasfêmia contra a Igreja Católica Romana". "Satã mora mesmo nos EUA", ironizou a cantora, "agora mais do que nunca". Para botar mais lenha na fogueira, em 92, a revista norte-americana "Vanity Fair" publicou uma foto sua, feita por Annie Leibowitz, da cantora nua, pendurada a uma cruz em meio a c