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Mostrando postagens de novembro, 2010

Os cantares de Jônatas Conceição

AS SAUBARAS INVISÍVEIS A memória é redundante: repete os símbolos para que a cidade comece a existir. Ítalo Calvino Chega-se a Saubara pelo caminho do mar. Às velas, barcas velhas velejam rumo à baía. Viagem de gentes, trapos, mercadorias, Odores repelentes que recendem tumbeiros Travessia de longínquas noites (Aquela viagem era uma eternidade!) que ao vento cabia a tarefa de um porto feliz. Chega-se a Saubara por via de muitos rios Do rio para o mangue, do mangue-rio para o mar. Caminhos do leva-e-traz mercantil Ao porto de amaros negócios Percurso de antigos navegantes Fundadores do eterno dar-se saubarense Desbravadores de restos da flora e fauna do lugar. Chega-se, finalmente, a Saubara pelo primado da fé. Seus marujos e rezadeiras procuram, há muito, o caminho da salvação. Seus filhos e netos, há pouco, descobriram outros caminhos... Procuram, pela novidade alheia, desesperadamente, outra cidade inventar. Os perseguidores da fé a tudo ver oram choram (A São