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Mostrando postagens de junho, 2011

barcos e cães

barcos e cães , a photo by rainha morbida on Flickr. barcos estacionados na baixa maré sem marujos nem velas ao vento mas concedem boa sombra para os cães ao relento

estou farto de semideuses

Poema em linha reta Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) [538] Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que
Hoje, Bartira e Giuseppe estarão apresentando uma interessante experiência sonora na Casa da Cultura Galeno d'Avelírio, em Cruz das Almas - BA. Trata-se de uma instalação sonora que busca destacar diferenças de percepção.  Segundo os dois artistas "Nossa experiência cotidiana está composta de sons de diversos tipos, na maioria das vezes, estamos alheios a eles. Quando tirados de seu contexto original e reorganizados em um espaço e tempo eles podem tornar-se imediatamente ativos, cheios de significados e texturas que sempre possuíram, mas que foram diluídos pela riqueza de nossas experiências sensoriais."  Sobre a experiência, comentam ainda que uma relatividade se abre para infinitas possibilidades, uma vez que nossa habilidade quase involuntária de escutar se transforma em um veículo para que nova informação seja processada, em uma relação de troca entre cérebro e realidade percebida. O cérebro constrói sua realidade através da importância que dá aos diferentes estím