Janelas do Subúrbio. Foto: Bartira Sena
reabro a pasta rosa e saco, não aleatoriamente, mas de forma deliberada um dos seus escritos: poderia ser a carta-cobra (uma tripa de papel com vários metros de comprimento com texto escrito em duas linhas) ou uma em papel de jornal (entenda-se que não se trata exatamente de papel-jornal mas aquelas folhas nas quais os
jornalistas escreviam suas matérias/entrevistas) marcada com uma boca vermelha, ou ainda um poema-cartão com ilustração de Nelson Magalhães Filho.
escolhi o poema-cartão de Cyro Mascarenhas Rodrigues e ilustração Héber Mendes. Outro dia publico um poema de Cyro. no verso, um manuscrito sem data:
"Releio uma carta na falta de novas. Acho que de fins de julho pois fala das realizações galeneanas e das imorredouras saudades cruzalmenses. Ouvia Vila-Lobos e você não imagina que atmosfera +* circulava na sala. No Salão Nobre, M e M dão posse ao passos. Aqui sigo os teus e me transporto para o aquário dos loucos dos políticos, dos cidadãos (ditos) responsáveis e viajo no ônibus da irresponsabilidade nos becos e ruas, sento nas calçadas molhadas pelas chuvas de julho e converso sobre a divisão de tarefas com um bando de cães vadios, todos brancos enormes que mandam e pedem notícias de um pintor chamado Percula a quem eles assustaram certa vez quando cercavam uma cadela no cio. Hoje é sexta feira. Vou tomar uma cachacinha (mesmo que seja de Santo Amaro) com D. Lourdes da barraca – (lembra dela?) la no Parque da Sumauma** onde ela agora vende sonhos a gatos vagabundos como eu. Vou procurar Tingo Seco e filmar no beco um filme de amor com musica de Todeschini. A caneta secou o papel acabou. Até a próxima fartura. * Este túmulo foi para enterrar a porra duma vírgula que eu coloquei onde não devia ** Já ouviu falar?"
o grandecíssimo nem assinou
gato vagabundo à procura de sonhos
reabro a pasta rosa e saco, não aleatoriamente, mas de forma deliberada um dos seus escritos: poderia ser a carta-cobra (uma tripa de papel com vários metros de comprimento com texto escrito em duas linhas) ou uma em papel de jornal (entenda-se que não se trata exatamente de papel-jornal mas aquelas folhas nas quais os
jornalistas escreviam suas matérias/entrevistas) marcada com uma boca vermelha, ou ainda um poema-cartão com ilustração de Nelson Magalhães Filho.
escolhi o poema-cartão de Cyro Mascarenhas Rodrigues e ilustração Héber Mendes. Outro dia publico um poema de Cyro. no verso, um manuscrito sem data:
"Releio uma carta na falta de novas. Acho que de fins de julho pois fala das realizações galeneanas e das imorredouras saudades cruzalmenses. Ouvia Vila-Lobos e você não imagina que atmosfera +* circulava na sala. No Salão Nobre, M e M dão posse ao passos. Aqui sigo os teus e me transporto para o aquário dos loucos dos políticos, dos cidadãos (ditos) responsáveis e viajo no ônibus da irresponsabilidade nos becos e ruas, sento nas calçadas molhadas pelas chuvas de julho e converso sobre a divisão de tarefas com um bando de cães vadios, todos brancos enormes que mandam e pedem notícias de um pintor chamado Percula a quem eles assustaram certa vez quando cercavam uma cadela no cio. Hoje é sexta feira. Vou tomar uma cachacinha (mesmo que seja de Santo Amaro) com D. Lourdes da barraca – (lembra dela?) la no Parque da Sumauma** onde ela agora vende sonhos a gatos vagabundos como eu. Vou procurar Tingo Seco e filmar no beco um filme de amor com musica de Todeschini. A caneta secou o papel acabou. Até a próxima fartura. * Este túmulo foi para enterrar a porra duma vírgula que eu coloquei onde não devia ** Já ouviu falar?"
o grandecíssimo nem assinou
gato vagabundo à procura de sonhos
Comentários
http://br.youtube.com/user/ciadoanj
obaldio
Espero novidades da pasta rosa.
Bj
P.S.: Se o blog linkado for o meu, está errado o endereço.
www.buenasrocks.blogspot.com