GRAÇA DE SENA – “ que desvirgina a cidade no grande barco vermelho” arqueja triste nos braços frios da noite ainda quando os anjos e os demônios a espiem por frestas ocultíssimas ouço o farfalhar das tuas dementes − ergue o vôo s/ razão fuga − quanto tempo resta? logo as paredes cairão − sonhos soterrados eis o caminho: ruína e perversão colapso foge – com asas de orvalho sombrio porque ainda a tua boca amaria um beijo distante deter-se no jardim dos suicidas − panteão dos grandes homens logo a família despertará, sólida e fria como aço delicada morbidez ela emoldura nosso caos nos assassina com amor e tédio café da manhã repleto de solidão seleta família piedade e compaixão – crueldade por trás de tudo ... Rocque Moraes
poesia, troca de idéias e escritos diversos