Pular para o conteúdo principal

extremos

há tempos não abria a pasta rosa, razão de ser deste blog.
hoje encontrei um dos seus guardados: uma carta escrita sobre um poema cujo título nomeia a presente postagem.

"releio três cartas: uma azul, uma cinza e uma fogosamente vermelha. Fico agora pensando nas coisas tantas que você falou. No rio que nunca é o mesmo, nos poemas febris inspiração dos madrugadores, pirados como nós, no comentário aceso do Corpo de Luciano (Dos pássaros), no DESEMBARQUE (desejo), no soluço, no sonho, no disco. Ouço Legião, duas vezes por dia, todo dia. Um
Fico trista pela demora em escrever. Perdi o pique, não estou bem. Coisas íntimas. As férias foram péssimas. Não consegui sequer sonhar. 
Até a próxima interrogação.
Um soluço"

A distância alimentava a saudade e a vontade de escrever.
Hoje as pessoas estão a um click e as cartas saíram de cena.

Comentários

Graça: compreendo sua desesperança. Um período na vida. Não pode é parar de remar. E com todas as desavenças, serei sempre seu amigo.
graça sena disse…
Carlinhos, não sinto desesperança apenas constato que os tempos são outros e precisamos nos adaptar. Embora permaneça uma certa melancolia.
Obrigada por visitar o blog e deixar seus comentários. Volte sempre.
Abs,
Graça
graça sena disse…
A propósito,a carta transcrita não foi escrita por mim.

Postagens mais visitadas deste blog

Ruínas de fé

"Arqueja triste nos braços frios da noite. Ainda quando os anjos e demônios a espiam por frestas ocultíssimas, ouço o farfalhar demente das tuas asas. Ergue-se o vôo sem razão." Rocque Moraes Artista visual e poeta bissexto, Rocque ama rock. Eu amo rock e Rocque, embora ele não mereça.

Apresentação

Olá, este será mais um espaço que utilizarei para exposição de idéias, gostos e desgostos. Será, principalmente, o lugar da poesia, da música, das expressões artísticas que caminham à margem dos meios de massa, do bom gosto, do que não tem rótulo, do que não tem nome. Inauguro esta apresentação com uma poema publicado na revista Reflexos de Universos nº 60 o silêncio das almas repousa sobre a cidade cala-se o metal dos sinos cala-se o riso dos meninos só um suspiro finado move as teclas do piano frente à mesa servida de dor graça sena Para ler ao som da banda Sex Gang Children http://www.myspace.com/sexgangchildren666

Acho que vou fazer um filme

[para ouvir ao som de Múm] Escrevo sob o signo da melancolia, uma saudade inexplicável de não sei o quê (desculpem o acento, força do hábito), uma sensação estranha de vazio, de... que foi que eu fiz? O que fazer? Cadê tudo? Chega! Esta será uma postagem longa, apenas os pacientes e os que amam verdadeiramente a poesia lerão até o fim e, possivelmente, comentarão. Abri a pasta rosa, peguei um dos seus escritos e li. Era uma carta falando do meu texto intitulado As Cartas. Já postei um fragmento aqui. Essa carta recupera pedaços da peça que escrevi, a qual trata do encontro de duas mulheres quase estranhas e muito diferentes. Já tentamos montar essa peça várias vezes mas nunca deu certo. Acho que vou fazer um filme. “... li a peça e várias vezes reli. A solidão de Zoé não seria a profunda consciência da solidão de nós mesmas, que escrevemos e que tornamos a poesia nossa amante, pois sentimos sem compreender a efemeridade de tudo o que nos cerca?” (...) “Conheço-a através dos seus escrit...