A verdadeira rainha mórbida
Já falei antes sobre ela aqui nesse blog, se não me engano, com o mesmo título. Não importa, pra quem não se lembra quero repetir a dose.
Ame ou odeie a verdadeira rainha mórbida nessa versão de my world is empty without you, das Supremes. Visceral!
Já falei antes sobre ela aqui nesse blog, se não me engano, com o mesmo título. Não importa, pra quem não se lembra quero repetir a dose.
Diamanda
Galás, filha de pais gregos ortodoxos, criada em San Diego , Califórnia
onde, ainda criança estudou jazz e música clássica. Artista performática e
controversa esteve no Brasil em 1998.
Ativista
de grupos de combate à Aids, tatuou na mão esquerda os dizeres "We Are All
HIV+" (Somos Todos HIV+) desde que seu irmão morreu, vítima da doença, em
1986.
Durante
uma manifestação do ACT UP (grupo gay de militância) na St. Patrick's
Cathedral, em Nova York ,
em 1989, Galás foi presa por "distúrbio da ordem pública" e em 1990,
após uma apresentação no "Festival delle Colline", na Toscana, o
governo italiano a denunciou por "blasfêmia contra a Igreja Católica
Romana". "Satã mora mesmo nos EUA", ironizou a cantora,
"agora mais do que nunca".
Para
botar mais lenha na fogueira, em 92,
a revista norte-americana "Vanity Fair"
publicou uma foto sua, feita por Annie Leibowitz, da cantora nua, pendurada a
uma cruz em meio a chamas.
Essa
mesma fúria e inconformismo que Galás expressa em sua vida de militante foram
transpostos para a música. Desde seus primeiros trabalhos, "Wild women
with steak knives" (Mulheres loucas com facas de cortar carne) e
"Tragouthia apo to aima exon fonos" (Canção do sangue dos
assassinados), de 1979, Galás fala de morte, perda e solidão, temas
desenvolvidos nos trabalhos que vieram a seguir: "O isolamento pode
matar", ela diz.
A
discografia da cantora conta com 12 discos (todos lançados em CD pela Mute
Records). Em "The divine punishment", de 1989, ela utiliza textos
bíblicos musicados para mandar um recado irônico àqueles que viam a Aids como
uma "punição divina".
Seu
disco mais recente, "Malediction and Prayer", traz uma insólita
regravação de "My World Is Empty Without You", sucesso das Supremes,
além de poemas de Pasolini e Baudelaire musicados por Galás.
A fúria é a única resposta adequada aos deuses injustos que governam a vida dos mortais, afirma Galás.
http://musica.uol.com.br/especiais/1998/12/01/ult1541u47.jhtm
Ame ou odeie a verdadeira rainha mórbida nessa versão de my world is empty without you, das Supremes. Visceral!
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