por estranha casualidade ou maquinismo qualquer juntamos nossas marcas no sangue feito indecência e vítimas da insânia Todas as coisas são vãs à iminência de abortar um amor que ultrapassa os limites da normalidade A querência ínfima quando perdido se está e nem um passo a mais nos afasta do abismo Que posso fazer com o meu corpo ávido e a alma em delírio O tempo pastor inocente descarrila nossos anseios e “os meus olhos de cão” empalidecem na tirania das esperas Os barulhos e os vis transeuntes nos desconhecem Somos vacas percorrendo o corredor do abate sem derramar uma lágrima sequer por desconhecer o irreversível da caminhada O pasto é verde e nossa língua não alcança a cristalinidade daquela água o rebanho passa por nós e continuamos na contramão carregando “o abismo na alma” somos o próprio abisso no nosso passo avesso juntando as cartas para tornar espalha-las ao vento enlouquecendo a multidão de dentro e de fora dos edifícios Aquelas mulheres continuam junto às mesas engordando os flácidos ventres brancos e inchando as coxas devassas para engolir teu falo triste e devorar teus olhos como ameixas sem sementes Te fazem bobo da corte mas desconhecem que te divertes com isso com tuas barbas de camaleão e elas camaleoas te roendo com dentes podres de comer outras carnes e roer outras almas Tudo isto é uma festa demente bacanal de ilusões e a hipocrisia rainha sentada em seu trono enfeitado de ouro e merda Elas se enfeitam e se lavam com perfume para se encontrar nos cantos fétidos com o demônio de moon e se embebedam de escuro e te deixam vazio Estaciono no centro da encruzilhada e deixo que a normalidade desfile diante dos meus olhos cansados de ver
por estranha casualidade ou maquinismo qualquer juntamos nossas marcas no sangue feito indecência e vítimas da insânia Todas as coisas são vãs à iminência de abortar um amor que ultrapassa os limites da normalidade A querência ínfima quando perdido se está e nem um passo a mais nos afasta do abismo Que posso fazer com o meu corpo ávido e a alma em delírio O tempo pastor inocente descarrila nossos anseios e “os meus olhos de cão” empalidecem na tirania das esperas Os barulhos e os vis transeuntes nos desconhecem Somos vacas percorrendo o corredor do abate sem derramar uma lágrima sequer por desconhecer o irreversível da caminhada O pasto é verde e nossa língua não alcança a cristalinidade daquela água o rebanho passa por nós e continuamos na contramão carregando “o abismo na alma” somos o próprio abisso no nosso passo avesso juntando as cartas para tornar espalha-las ao vento enlouquecendo a multidão de dentro e de fora dos edifícios Aquelas mulheres continuam junto às mesas engordando os flácidos ventres brancos e inchando as coxas devassas para engolir teu falo triste e devorar teus olhos como ameixas sem sementes Te fazem bobo da corte mas desconhecem que te divertes com isso com tuas barbas de camaleão e elas camaleoas te roendo com dentes podres de comer outras carnes e roer outras almas Tudo isto é uma festa demente bacanal de ilusões e a hipocrisia rainha sentada em seu trono enfeitado de ouro e merda Elas se enfeitam e se lavam com perfume para se encontrar nos cantos fétidos com o demônio de moon e se embebedam de escuro e te deixam vazio Estaciono no centro da encruzilhada e deixo que a normalidade desfile diante dos meus olhos cansados de ver
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