a minha sentença
é ser proscrita
entre castas
e direitas criaturas
nenhum corte
atravessa a minha face
nenhuma lama em seus
sapatos
nenhum sangue em
minhas retinas
descrever ciúmes
cenas de possessão
jogos cabalísticos
os símbolos têm sua
hora marcada
e nosso encontro
está assinalado
está gravado em
nossa cara
com a brasa do ferro
ardente
afinal a maldição
abocanhou-nos
desatolando-nos a
decadência
desentranhando o
veneno das nossas veias
o eco da nossa
inquietude
alcançará um dia o
senso comum?
abraço-me a joquim
louco
e escondo-me em seu
quarto de vidro
protegendo-me do
temporal de mediocridades
o frio dos olhares
congela-me os ossos
mas sobre eles
verterei todo o meu ódio
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