em tempos de virtualidade comunicacional, o espaço dos lápis, canetas, papel abdicada de texturas, dos cheiros, numa plácida rendição resgatar a pasta rosa de elásticos rotos e recheio denso, pleno de cartas bilhetes escritos tantos múltiplos em cores em formas caligrafias e emoções díspares ao acaso sacar da pasta um dos papéis amarelados aquele dobrado em oito “Cruz. 05 de novembro (...) Manhã de Sol. Lá em Salvador tá acontecendo PASOLINI EM CIRCUITO CULTURAL. Não posso ir. Eu reli “Os bons cães”. Acho interessante. Lembrei-me de Percula. Não é que eu esteja “desanimado e desesperançado” com a cultura cruzalmense. (...) Uma “cigana” leu a minha mão. (...) Quanto ao Baudelaire você pode ir elaborando o texto. Tentarei escrever alguma coisa. As H.Q. Bem, se não for muito caro, pode mandar os Moebius. (...) Também acho que as minorias podem transformar o mundo. (...) Já li Borges. Demais. Você recebeu o livro O BANHEIRO? Por incrível que pareça ainda falta terminar os seus: Zona Erógen...